PERCEPÇÕES DE PROFESSORES SOBRE OS COMPORTAMENTOS DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: uma discussão em relação aos sinais do transtorno disruptivo, do controle de impulsos e da conduta
DOI:
https://doi.org/10.22289/sg.V4N2A43Palavras-chave:
violências nas escolas, transtorno de conduta, transtorno opositor desafiadorResumo
O TDCIC é um problema significativo de saúde mental em crianças e adolescentes em todo o mundo, com prevalência global de aproximadamente 3,2% entre crianças e adolescentes. Comportamentos disfuncionais em crianças são frequentemente manifestos no ambiente escolar e podem estar associados ao TDCIC, causando grave interferência no processo de ensino e aprendizagem. A pesquisa tem como objetivo identificar a prevalência de indicadores diagnósticos do Transtorno Disruptivo do Controle de Impulsos e da Conduta (TDCIC) em estudantes do ensino fundamental da rede pública de ensino de Patos de Minas - MG. Para coleta de dados, foi disponibilizado um questionário online aos professores da rede pública do município, a fim de registrarem suas observações sobre o comportamento atualmente apresentado pelas crianças do ensino fundamental. A pesquisa busca contribuir para um melhor entendimento da relação entre o TDCIC e o ambiente escolar, bem como para o desenvolvimento de estratégias eficazes de intervenção. A análise dos docentes participantes desse estudo revela indicadores preocupantes de comportamentos desadaptativos entre os discentes, indicando a possível presença do Transtorno de Conduta. Os resultados evidenciam manifestações de transtornos disruptivos, tais como humor raivoso, impulsividade e desafios à autoridade, os quais apresentam barreiras significativas para os educadores. Os desafios enfrentados não apenas complicam a dinâmica pedagógica, mas também têm o potencial de gerar angústia psicológica nos professores. Diante disso, a implicação subjacente aponta para a necessidade de implementação de medidas e estratégias voltadas para a compreensão e abordagem das necessidades emocionais e comportamentais desses estudantes. Tal abordagem pode incluir disciplinas pedagógicas específicas, suporte psicológico especializado, aprimoramento de programas de desenvolvimento social e emocional, além de uma colaboração estreita com as famílias.
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