USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS NA ROTINA CLÍNICA DE PETS NÃO CONVENCIONAIS

Autores

  • Michele Miranda Faculdade Padre Arnaldo Janssen
  • Helen Christine Alves de Magalhães Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Palavras-chave:

anestesia, controle da dor, exóticos

Resumo

Introdução: As aves são a segunda espécie de pet mais comum no Brasil, perdendo apenas para os cães. A demanda por pets que não sejam cães e gatos cresce mais a cada ano, pois muitos tutores buscam ter um pet exótico ou que necessite de menos atenção que um pet convencional. É comum, quando se cria mais de um animal, e principalmente quando são de espécies diferentes, que haja brigas ou brincadeiras que acabem em algum tipo de ferimento, mesmo que superficial. Também existem alguns tutores que tentam fazer procedimentos sozinhos em casa, como aparar as asas de suas aves, e acabam fazendo de maneira errônea. Este tipo de criação vem exigindo que haja uma especialização de médicos veterinários, pois o atendimento de animais como calopsitas e tigres d’água vem se tornando mais frequente nas clínicas. Infelizmente, não existem muitos estudos sobre anatomia e fisiologia de todas as espécies legalizadas como pet, então é necessário que o profissional tenha um amplo conhecimento, para que seja feita a extrapolação das doses já estabelecidas para os animais domésticos com mais segurança. Os principais anestésicos locais utilizados hoje são a lidocaína e a bupivacaina, e, apesar de possuírem características farmacológicas diferentes, a funcionalidade é a mesma. A maior utilização desta classe é em procedimentos cirúrgicos, mas podem ser utilizados também em procedimentos clínicos e diagnósticos. Estes fármacos são dose dependentes e agem bloqueando de forma reversível a condução nervosa da dor até o sistema nervoso central por meio do fechamento dos canais de sódio, impedindo a transmissão do potencial de ação, mas sem causar perda de consciência. A anestesia local tópica deve ser feita com cautela, pois é difícil calcular a dose máxima permitida.  Objetivos:  Este trabalho tem como objetivo descrever sobre os anestésicos locais e sal utilização na rotina clínica de pets não convencionais. Metodologia: Para este resumo foi feita uma revisão bibliográfica em artigos científicos do Google Acadêmico, Scielo e Lilacs e em livros de anestesiologia veterinária. Considerações Finais: Muitos médicos veterinários acreditam que é necessário sedar um pet não convencional para fazer procedimentos clínicos, porém, se o animal não for irascível, a anestesia tópica pode ser utilizada quando o procedimento for rápido e o local da realização é pequeno. O conhecimento das aplicabilidades destes fármacos favorece a rotina clínica do médico veterinário e promove o conforto do paciente, aliviando a dor, além de trazer segurança ao animal e ao profissional, evitando acidentes relacionados a contenção física.  Anestesiar exóticos é bastante complexo, pois muitas espécies são fisiologicamente e anatomicamente diferentes dos mamíferos, o que dificulta a extrapolação de doses. Além disso, há um grande número de espécies existentes, e a maioria dos estudos sobre elas, são feitos em animais de laboratório, cuja alimentação e manejo são controlados, e o que é visto, na realidade, é que a maioria dos animais que chegam às clínicas apresentam inúmeros erros de manejo.

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Referências

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Publicado

05-01-2022

Como Citar

MICHELE MIRANDA; HELEN CHRISTINE ALVES DE MAGALHÃES OLIVEIRA. USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS NA ROTINA CLÍNICA DE PETS NÃO CONVENCIONAIS . Scientia Generalis, [S. l.], v. 2, n. Supl.1, p. 52–52, 2022. Disponível em: http://scientiageneralis.com.br/index.php/SG/article/view/286. Acesso em: 29 mar. 2024.